terça-feira, 25 de maio de 2010

Analfabetismo Funcional - uma triste realidade no nosso pais..




A UNESCO define analfabeto funcional como toda a pessoa que sabe escrever seu próprio nome,assim como lê e escreve frases simples,efetua cálculos básicos,porém é incapaz de interpretar o que lê e de usar a leitura e a escrita em atividades cotidianas,impossibilitando seu desenvolvimento pessoal e profissional,ou seja, o analfabeto funcional não consegue extrair o sentindo das palavras,colocar ideias no papel por meio da escrita,nem fazer operações matemáticas elaboradas.

No Brasil, o indice de analfabetismo funcional é medido entre pessoas com mais de 20 anos que não completaram quatro anos de estudo formal. O conceito,porém, varia de acordo com o pais.Na Polônia e no Canadá, por exemplo é considerado analfabeto funcional a pessoa que possui menos de 8 anos de escolaridade.

Segundo declaração mundial sobre educação para todos, mais de 960 milhões de adultos são analfabetos,sendo que mais de 1/3 dos adultos do mundo não têm acesso ao conhecimento impresso e as novas tecnologias que poderiam melhorar a qualidade de vida e ajudá-los a adaptar-se as mudanças sociais e culturais.

De acordo com essa declaração o analfabetismo funcional é um problema significativo em todos os paises industrializados e em desenvolvimento.No Brasil, 75% das pessoas entre 15 e 64 anos não conseguem ler,escrever e calcular plenamente.Esse número inclui os 68% considerados analfabetos funcionais e os 7% considerados analfabetos absolutos,sem qualquer habilidade de leitura e escrita.Apenas 1 entre 4 brasileiros consegue ler,escrever e usar essas habilidades para continuar aprendendo.

Mas como resolver essa situação? Como baixar esses números alarmantes? Sem dúvida nehuma que a educação é o caminho. Alfabetizar mais crianças com melhor qualidade. Essa é a questão; qualidade e naõ quantidade.

Infelizmente, hoje vemos que o Brasil optou pela quantidade a qualquer custo.

E o resultado disso é a enorme quantidade de analfabetos funcionais com diploma. O nosso pais deveria se esforçar em alfabetizar com qualidade.Não é aumentando para 9 anos o ensino fundamental que a qualidade do ensino irá melhorar.

Também não é ampliando o horário escolar que teremos o problema resolvido.

Se os alunos não forem incentivados à leitura,as astividades que trabalhem com inteligência, pensamento lógico e capacidade de relacionar temas diferentes,nenhum esforço do governo será válido.

Também não devemos esquecer dos professores.Melhoria nos cursos de formação dos docentes,remuneração adequada,capacitação continuada,etc. Dá trabalho,é verdade,mas só o investimento na qualidade da educação é a única forma capaz de reverter esse quadro educacional brasileiro tão triste.


Fonte: INAF- Indicador de Analfabetismo Funcional

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