terça-feira, 25 de maio de 2010

Mapa do Analfabetismo no Brasil - INEP.

O Mapa do Analfabetismo no Brasil pretende subsidiar os poderes públicos na formulação das políticas educacionais, principalmente no que diz respeito ao combate ao analfabetismo. O INEP coloca este trabalho à disposição de todas as instâncias administrativas, para ampliar a reflexão sobre o tema, oferecendo, ainda, um acervo de dados para que o desenho dessas políticas possa ser orientado com informações precisas.

Vale ressaltar que o texto apresentado não pretende esgotar a análise sobre o analfabetismo no Brasil, suas causas e conseqüências. O exercício aqui elaborado trata-se de um esforço inicial de reflexão sobre os dados apresentados. O passo seguinte, e mais importante, é a formulação e implantação das políticas a partir do diagnóstico feito.

O Brasil é um país plural, com diferenças regionais e intra-regionais; assim sendo, toda política educacional deve considerar essas diferenças, se deseja atingir seus objetivos, ainda mais na área do combate ao analfabetismo, marcada por propostas salvacionistas há longa data e que geralmente fracassaram. Deve-se considerar, também, o nível de descentralização em que o sistema está organizado.


O INEP desenvolve um trabalho com os dados demográficos sobre a situação do analfabetismo no Brasil, considerando suas diferentes dimensões, em conjunto com os dados do Censo Escolar. O primeiro, levantado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); o segundo, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Constando, ainda, dados sobre o Índice de Desenvolvimento Humano, IDH, construído pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Tais informações foram agrupadas para todos os municípios do País, considerando a divisão político-administrativa do ano de 2000, permitindo, portanto, consulta individualizada.

Com este trabalho, o INEP espera estar contribuindo para que esse assunto entre, de fato, na agenda dos governadores, prefeitos, membros das Câmaras Legislativas, Secretarias de Educação, que ganhe o corpo e a alma dos educadores, para que possa, finalmente, ser uma página virada de nossa história.






Brasil vai erradicar analfabetismo até o final da década, diz Haddad


Erradicação significa taxa menor que 4%, afirmou ministro da Educação.Índice atual é 10% para pessoas com 15 anos ou mais, segundo PNAD.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que o analfabetismo estará erradicado no Brasil até o final da década entre a população de 15 anos ou mais.

"Quero crer que vamos cumprir a meta de Dacar, que estabelece a redução de 50% do analfabetismo até 2015. Isso significa dizer levar a taxa pra 6,7% até 2015, o que nos permite prever que até o final da década o analfabetismo estará erradicado no Brasil. Erradicado entenda-se menos de 4% da população [analfabeta], o que a Unesco considerada um indicador aceitável", afirmou.
O índice atual está em 10% para esta faixa populacional, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Análise de Domicílios (PNAD) 2008, do IBGE.

Em setembro do ano passado, após a divulgação da PNAD, Haddad havia dito que, se a queda na taxa de analfabetismo se mantivesse semelhante à de 2008 (redução de 0,1% entre pessoas com 15 anos ou mais), a meta de 6,7% em 2015 poderia não ser atingida. Na época, o ministro classificou a redução como “um soluço indesejável” na série histórica.

No entanto, Haddad disse então que, se a média geral dos últimos anos fosse mantida, seria possível chegar a meta. “Se tomarmos este ano, não [dá]. Pela serie histórica, nós vamos cumprir. Teve ano que reduzimos 0,7%, 0,4%”, afirmou após a divulgação.

O ministro disse ainda que 75% dos participantes do Programa Brasil Alfabetizado que estão em sala de aula tem algum tipo de problema visual.

Haddad afirmou também que deve ser divulgado em junho um novo consolidado do Índice Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que é uma das medidas utilizadas pelo Ministério da Educação para aferir a qualidade do ensino brasileiro. O atual Ideb nacional, de 2007, está em 4,2; a meta é chegar a 6 em 2022.





Fonte: G1.Brasil, Vestibular e Educação.

Analfabetismo Funcional - uma triste realidade no nosso pais..




A UNESCO define analfabeto funcional como toda a pessoa que sabe escrever seu próprio nome,assim como lê e escreve frases simples,efetua cálculos básicos,porém é incapaz de interpretar o que lê e de usar a leitura e a escrita em atividades cotidianas,impossibilitando seu desenvolvimento pessoal e profissional,ou seja, o analfabeto funcional não consegue extrair o sentindo das palavras,colocar ideias no papel por meio da escrita,nem fazer operações matemáticas elaboradas.

No Brasil, o indice de analfabetismo funcional é medido entre pessoas com mais de 20 anos que não completaram quatro anos de estudo formal. O conceito,porém, varia de acordo com o pais.Na Polônia e no Canadá, por exemplo é considerado analfabeto funcional a pessoa que possui menos de 8 anos de escolaridade.

Segundo declaração mundial sobre educação para todos, mais de 960 milhões de adultos são analfabetos,sendo que mais de 1/3 dos adultos do mundo não têm acesso ao conhecimento impresso e as novas tecnologias que poderiam melhorar a qualidade de vida e ajudá-los a adaptar-se as mudanças sociais e culturais.

De acordo com essa declaração o analfabetismo funcional é um problema significativo em todos os paises industrializados e em desenvolvimento.No Brasil, 75% das pessoas entre 15 e 64 anos não conseguem ler,escrever e calcular plenamente.Esse número inclui os 68% considerados analfabetos funcionais e os 7% considerados analfabetos absolutos,sem qualquer habilidade de leitura e escrita.Apenas 1 entre 4 brasileiros consegue ler,escrever e usar essas habilidades para continuar aprendendo.

Mas como resolver essa situação? Como baixar esses números alarmantes? Sem dúvida nehuma que a educação é o caminho. Alfabetizar mais crianças com melhor qualidade. Essa é a questão; qualidade e naõ quantidade.

Infelizmente, hoje vemos que o Brasil optou pela quantidade a qualquer custo.

E o resultado disso é a enorme quantidade de analfabetos funcionais com diploma. O nosso pais deveria se esforçar em alfabetizar com qualidade.Não é aumentando para 9 anos o ensino fundamental que a qualidade do ensino irá melhorar.

Também não é ampliando o horário escolar que teremos o problema resolvido.

Se os alunos não forem incentivados à leitura,as astividades que trabalhem com inteligência, pensamento lógico e capacidade de relacionar temas diferentes,nenhum esforço do governo será válido.

Também não devemos esquecer dos professores.Melhoria nos cursos de formação dos docentes,remuneração adequada,capacitação continuada,etc. Dá trabalho,é verdade,mas só o investimento na qualidade da educação é a única forma capaz de reverter esse quadro educacional brasileiro tão triste.


Fonte: INAF- Indicador de Analfabetismo Funcional

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Brasil tem 16 milhões de analfabetos

O Brasil tem atualmente cerca de 16 milhões de analfabetos e metade deste número está concentrada em menos de 10% dos municípios do país, mostrou uma pesquisa divulgada hoje pelo Ministério da Educação (MEC). Para o MEC, apesar de não serem inéditos, os dados do "Mapa do Analfabetismo" são "alarmantes". No Brasil existem 16,295 milhões de pessoas incapazes de ler e escrever pelo menos um bilhete simples. Levando-se em conta o conceito de "analfabeto funcional", que inclui as pessoas com menos de quatro séries de estudo concluídas, o número salta para 33 milhões.


Em apenas 19 das 5.507 cidades brasileiras o total da população frequentou a escola por pelo menos oito anos. O estudo, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), indica que aproximadamente oito milhões de analfabetos do país se concentram em 586 cidades brasileiras, com as maiores taxas aparecendo nas capitais. Só na cidade de São Paulo, campeã em números absolutos, são mais de 383 mil pessoas. No Rio de Janeiro, são quase 200 mil.

O município de Jordão, no Acre, lidera a taxa de iletrados: 60,7% de seus 4,45 mil habitantes não sabem ler ou escrever. Em Guaribas, no Piauí, a cidade-piloto do programa Fome Zero, a população tem a menor média de anos escolares cursados do país - um ano e um mês.

Na ponta oposta, a cidade de São João do Oeste, em Santa Catarina, tem a menor taxa de analfabetismo, com apenas 0,9% dos 5,78 mil habitantes iletrados. Niterói, no Rio de Janeiro, aparece com a maior média de anos de estudo, 9,5, superando o mínimo de oito anos do ensino fundamental.

A concentração de analfabetos em grandes cidades, segundo o Ministério, poderia ser uma vantagem para o trabalho das equipes de alfabetizadores, devido às facilidades de transporte e infra-estrutura que não existem na zona rural, por exemplo. Mas o secretário especial para Erradicação do Analfabetismo, João Luiz de Carvalho, diz que existem controvérsias sobre esta tese. "Se por um lado São Paulo tem as facilidades que tem, por outro falta tempo e disposição para educar", afirmou Carvalho. "Nas grandes cidades ninguém tem tempo para nada".


No começo do ano, a meta determinada pelo governo era de alfabetizar 3 milhões de pessoas em 2003, com um orçamento de R$ 278 milhões. Mas convênios do MEC com municípios, Estados e organizações não-governamentais poderiam alcançar este ano até 4,2 milhões de pessoas atualmente analfabetas, se houver fundos. "Agora temos que correr atrás do dinheiro", disse o secretário.


Fonte: http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI110852-EI994,00.html